Adágios e ditos gauchescos

 (e os nossos costumes…)

São numerosos os adágios e “frases feitas” em todo o Brasil, muitas delas sem presença constante no dia a dia do povo.

  Outros, por suas vez, são uma constante no nosso dia a dia, fazendo parte da oralidade, da cultura popular…

              Apertado como trança de oito:

              Diz-se dos namorados que andam muito juntos, apertadinhos.

              Como guaxo por leite:

              Estar ansioso por alguma coisa.

              “Deixar” como pau de galinheiro:

              Insultar, dizer a alguém todo o tipo de palavrões.

              …de assustar à meia-noite:

              Com relação à uma pessoa muito feia.

              Em estado de merecer:

              Em alusão às moças “casadoiras”; preparando-se para casar.

              Entre bois não há cornadas:

              Sobre pessoas do mesmo ofício, que se entendem bem.

              A última carta do baralho:

              Sobre uma chance, uma tentativa, etc, como esperança.

              Até ver-te, Cristo meu!:

              Segundo alguns pesquisadores, antigamente havia nos bolichos e pulperias do interior, um tipo de copo que na borda, havia um Diabo pintado e, no fundo, pintado um Cristo. Então, ao beber-se uma canha ou vinho, dizia-se: “nunca ao Diabo, amigo”… E, empinando o copo, dizia: “até ver-te, Cristo meu” pois, ao esvaziá-lo, via o fundo do copo com o desenho do Cristo… (não deixa de ser uma boa desculpa!).

              E assim por diante, uma infinidade de ditos: “burro carregador de açúcar, até o rabo é doce”, “boi lerdo bebe água suja”, “chegar pro lado das casas”, etc, que bem refletem a cultura e os usos e costumes, em especial, do homem do interior do Rio Grande o Sul… a nossa terra!