Inventário Afetivo de Canela

Escrito por Claiton Saul na coluna Salada Cultural do Jornal Nova Época

Uma das qualidades dos canelenses que se dedicam à preservação da nossa memória, dentre os quais está o muito atuante Pedro Oliveira, é a maneira de relatar as coisas da cidade de uma maneira que a sua prosa, versos e imagens cheguem ao público de uma maneira não só correta mas simples e direta. Nada contra os autores de escrita mais erudita, mas essa forma encontrada por Pedro e Olmiro dos Reis (para citar mais um) é de rápido e longo alcance. Do Campestre à Cidade de das Hortênsias – Rastros, rostos e memórias de Canela… a nossa terra! (Evangraf, 399 pgs) é mais uma obra que enriquece o nosso acervo de memórias registradas.

Pesquisador que se fez pesquisando, o Pedro tradicionalista se tornou escritor porque suas vivências e guardados, depois de um tempo de vida, começaram a transbordar da sua memória e dos aposentos de sua casa, então ele passou a compartilhar através dos livros. Essa obra, que está sendo lançada em Canela nesta sexta-feira, 12 de julho, a partir das 16:30 na Livraria Bambu, na João Pessoa, 25 é de uma abrangência surpreendente.

Talvez um desejo que Pedro foi acalentando, desta vez ele fez uma obra para revisitar Canela de uma maneira eclética, pois já escreveu e publicou sobre temas mais específicos, como a culinária gaúcha, a nossa paróquia ou as nossas raízes. Agora, Do Campestre à Cidade … é um convite irresistível para percorrer Canela, em 26 capítulos de temática variada, como se um drone sentimental visualizasse de cima nossa história, para pegar o conjunto dos feitos da nossa gente. O resto que falarmos aqui é spoiler. Não deixe de ler o livro impresso.